IPHAN e o Restauro
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Muita gente me pergunta por que me aproximei, desde sempre, do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Primeiro porque é o órgão que define a política de preservação e é responsável, diretamente, pelos monumentos e bens culturais mais importantes deste país. Segundo porque foi fundado por Mário de Andrade, através dos seus pensamentos modernistas e não por pessoas saudosistas, filósofas ou distantes do tema. O IPHAN é um dos únicos serviços de patrimônio cultural do mundo que, mesmo sob a ditadura de Getúlio Vargas na época do Estado Novo, foi organizado por artistas modernos. Isso só aconteceu aqui e no México. Lá, o órgão está diretamente ligado ao artista Diego Oliveira. Na minha percepção os modernistas entenderam que o Brasil estava em construção e a procura da sua identidade. Assim como aconteceu (na criação dos mesmos institutos) na França, a partir da Revolução Francesa e na Itália época da reunificação – era a afirmação da nacionalidade destes respectivos povos através da reconstrução de um país. Portanto, é nisso que eu acredito: que a arte e o patrimônio cultural, em qualquer sociedade têm o papel fundamental de ser o reconhecimento, a identidade e a cultura de um povo.
Julio Moraes – Coordenador geral